Do Oculto ao Mistico

A capacidade humana de questionar-se é uma de suas maiores virtudes ao longo da história. O simples ato de buscar o auto-conhecimento, compreender a própria origem e um significado supremo da existência na Terra, conduziu o destino de civilizações, desenvolveu conceitos que se estenderam por vários séculos e gerou um infinito e crescente ciclo ideológico.

A espiritualidade é o combustível desta incessante busca. É quem santifica o homem e consagra a terra. É quem desenvolve o conhecimento e o direciona ao próprio benefício. É neste momento que nasce o conceito de um deus responsável pela criação do universo, de forças e seres superiores que conduzem a existência humana. A fé, oriunda no espírito humano, e o dogma, são as principais colunas que sustentam as religiões e doutrinas espalhadas ao longo do globo terrestre.

Se toda religião é formada basicamente de fé e misticismo, podemos compreender que religião e ocultismo estão interconectados. Dessa forma, concluímos que ocultismo é o conhecimento secreto das religiões, que pode ser acessível apenas aos membros mais elevados na hierarquia de determinadas ordens.


A Chave Menor de Salomao,Grimorio.


A Chave de Salomão ou Clavícula(s) de Salomão (em latim: Clavicula Salomonis ou Clavis Salomonis) é um grimório pseudepigráfico, atribuído supostamente ao Rei Salomão, mas com sua origem provavelmente situada na Idade Média.

O grimório contém uma coleção de 36 pantáculos (não confundir com pentáculos) que possibilitariam uma ligação entre o plano físico e os planos sutis. Os textos teriam a sua inspiração em ensinamentos cabalísticos e talmúdicos.

Existem diversas versões da Chave de Salomão, em várias traduções, com menores ou maiores variações de conteúdo entre elas, sendo que a maioria dos manuscritos originais datam dos séculos XVI e XVII, entretanto, há uma versão em grego datada do século XV.

A Chave Menor de Salomão ou Lemegeton (em latim, Lemegeton Clavícula Salomonis) é um grimório pseudepigráfico, atribuído supostamente ao Rei Salomão, datado do século XVII , contendo descrições detalhadas de demônios e as conjurações necessárias para invocá-los e obrigá-los a obedecer ao conjurador. O Lemegeton é dividido em cinco partes: Ars Goetia, Ars Theurgia Goetia, Ars Paulina, Ars Almadel e Ars Notoria.


Uma conhecida tradução do Lemegeton é The Goetia: The Lesser Key of Solomon the King (Lemegeton Clavicula Salomonis Regis), por MacGregor Mathers com introdução de Aleister Crowley.


Ele surgiu no século 17, mas muito foi retirado de textos do século 16, incluindo o Pseudomonarchia Daemonum. É provável que os livros da Cabala judaica e dos místicos muçulmanos também foram inspirações. Alguns dos materiais na primeira seção, relativas à convocação de demônios, datam do século 14 ou mais cedo.

O livro alega que ela foi originalmente escrito pelo Rei Salomão, embora isto não é certo. Os títulos de nobreza atribuído à demônios eram desconhecidos no tempo de Salomão. A Chave Menor de Salomão contém descrições detalhadas dos espíritos e as condições necessárias para invoca-los e obriga-los a fazer a própria vontade. Ela detalha os sinais e rituais a serem realizados, as ações necessárias para prevenir os espíritos de terem controle, os preparativos que antecedem as invocações, e instruções sobre como fazer os instrumentos necessários para a execução destes rituais. Os vários exemplares existentes variam consideravelmente nas grafias dos nomes dos espíritos.Edições contemporâneas estão amplamente disponíveis na imprensa e na Internet.